quinta-feira, 19 de junho de 2014

2 DE OUROS: o necessário jogo de cintura




     Não é a primeira e nem será a última vez que vejo alguém jogando capoeira e termino por associar esse jogo-dança-luta ao 2 DE OUROS, uma das cartas dos Arcanos Menores do tarot e  que simboliza, sobretudo, a flexibilidade na maneira de pensar e agir.

     Ter “jogo de cintura”, aquela capacidade para driblar algumas situações, é qualidade que nem todos têm. É a capacidade criativa de adequar-se às condições, situações e ao meio ambiente, de evoluir através dos obstáculos que a vida apresenta, sempre disposto a buscar novas soluções para problemas, sempre inventando ou recorrendo a alternativas que permitam seguir mais além. Quantas vezes na vida nos deparamos com fatos, eventos, problemas que parecem desafiar o nosso próprio equilíbrio e, aparentemente do nada, damos um “jeitinho” e resolvemos a questão?

     Essa carta, quando aparece numa jogada de tarot, pode estar simbolizando a necessidade de lidarmos com os problemas de maneira alegre e descontraída; inventar algo; usar uma alternativa diferente; lidar com dois ou mais assuntos ao mesmo tempo. Pode ajudar-nos a refletir sobre a necessidade de nos adaptarmos mais facilmente à novas situações, a entender melhor as perspectivas de acordos e sociedades. Saber lidar com os dois lados das questões, mantendo o bom humo e o foco. Pode, também, ajudar a nos recordar que podemos conduzir nossa busca espiritual sem necessariamente abandonarmos os aspectos materiais da existência. O 2 DE OUROS nos lembra que podemos aprender e ensinar ao mesmo tempo, aproveitando todas as situações, desde que estejamos em harmonia com o ambiente que nos cerca.

     Quando o 2 DE OUROS aparece pode ser um bom momento para nos questionarmos se somos o suficientemente pacientes e criativos para lidarmos com diversas situações, opiniões e ofícios ao mesmo tempo. Se estamos preparados para contornar egos, problemas, dificuldades sem nos deixarmos esmorecer. Se conseguimos manter o fluxo de energia ativo independente dos obstáculos ou oponentes que possam surgir.
     Ou seja, por quanto tempo conseguimos manter nossa presença, de forma ativa e assertiva, sem deixar a “peteca cair”?

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